

Para tanto, para lembrar a data em memória, familiares do professor estarão prestando uma homenagem para celebrar o momento.
A
família já vem se reunido e montando toda uma programação que terá
início no dia 06 de junho e prosseguirá até o dia 24 de junho, com
homenagens, missa em ação de graças, sessão na Câmara de Vereadores,
entre outras ações.
CEM ANOS SEM O MAESTRO E PROF. EZEQUIEL DE ARAÚJO FERNANDES FILHO
Comemorações do Centenário de Falecimento
PROGRAMAÇÃO
Dia 06 de junho :
08:00hs: Fixação das faixas comemorativas
Locais: Lateral da Igreja com Abdon Nóbrega;Av. Ezequiel Fernandes com a loja de Chico Torres.
Dia 07 de junho :
08:00hs:
Missa de Corpus Christie com pedido de intenção e preleção ao final
pelo Padre Alex
sobre o Maestro Ezequiel ....
Local: Igreja Matriz de Santa Luzia-PB
Dia 24 de junho:
07:00hs:
Aposição de placa comemorativa dos 100 anos de falecimento do Maestro e
Prof. Ezequiel ......, sepultado no mausoléu da família do Capitão
Aristides Guerra.
Local: Cemitério ........
08:00hs: Missa de Domingo com homenagens especiais ao Maestro Ezequiel ....
Local: Igreja Matriz de Santa Luzia-PB.
09:30hs: Aposição de placa alusiva ao Maestro José Theódulo Fernandes (in memorian), filho primogênito do homenageado.
Local: Rua Padre Jovino, n.º 05 (lateral da Igreja Matriz).
09:45hs: Confraternização dos descendentes do Maestro e Prof. Ezequiel ......
Local:a definir
Dia --------
00:00hs: Sessão Solene na Câmara Municipal de Santa Luzia-PB
EZEQUIEL DE ARAÚJO FERNANDES FILHO - Breve Biografia
Músico
e professor. Nasceu na vizinha cidade de Caicó, no Rio Grande do
Norte, no dia 25 de novembro de 1871, sendo filho de Ezequiel de Araújo
Fernandes e Josefina Ernestina de Araújo Fernandes.
Tendo
ficado órfão de mãe, ao nascer, Ezequiel (Quiezinho), foi trazido para
Santa Luzia com sete dias de nascido, para residir em companhia do seu
avô materno, Manuel Alexandre de Araújo Guerra e de suas tias: Francisca
Maria de Araújo e Maria Tomásia de Araújo.
Os
seus primeiros estudos fez aqui mesmo em Santa Luzia – terra que viria a
ser sua por adoção e amor, já que a ela se prendeu por laços
sentimentais indestrutíveis.
Foi
aluno do professor Antônio Filadelfo da Trindade Verna e, mais tarde,
veio a substituí-lo, sendo que em 1893 foi nomeado Professor Público na
direção da Escola Primária do Sexo Masculino.
Foi
um autêntico autodidata: ministrava, conhecia e falava com perfeição o
português, francês, inglês, latim e espanhol. Era um poliglota,
compositor, fino musicista e maestro da Banda de Música. Além da
grande aptidão para o magistério, também a tinha para a música: tocava
flauta magistralmente, bombardino e qualquer instrumento musical;
compôs diversas músicas sacras, profanas, interpretava valsas e músicas
da sua época.
Foi ajudante do Procurador da República, Conselheiro Municipal como também advogado na Vila de Teixeira-PB.
Casou-se
em primeiras núpcias com sua prima legítima, Josefina de Araújo Guerra,
de cuja união houve vários filhos entre eles: Maria Fernandes Dantas,
José Theódulo Fernandes, Francisco Augusto Fernandes e Manoel José
Fernandes. Enviuvando ainda moço, casou-se novamente com Isabel Maria
da Nóbrega e dessa união conjugal nasceu apenas a filha – Josefina de
Araújo Fernandes.
Homem
moço, em pleno vigor da vida, era possuidor de um quê de simpatia que
se transmitia aos que o cercavam. Por ocasião da passagem dos
cangaceiros do bandido Antônio Silvino por esta cidade, Ezequiel
Fernandes, ao se dirigir de seu sítio Carnaúba para a rua, e tentar
transpor a margem posterior do Rio Quipauá, próximo ao atentado, sentiu
grande emoção ao assistir ao martirológico a que foi levada a Vila e o
lar do seu tio, amigo e sogro, o Capitão Aristides de Araújo Guerra, o
que lhe acarretou um colapso cardíaco. Faleceu nesse dia 07 de juho de
1912. O seu espírito manso e idealista não suportou presenciar a fúria
dos bandidos destruindo as pessoas e os instrumentos musicais que ele
tanto amava. “era um nobre”. Muito cedo esta terra sentiu a falta de
um ser dotado de inteligência superior e brilhantemente cultivada, mas
sua figura de homem culto e pacífico jamais se apagará.
Referências Bibliográficas:
a)Documentário: Santa Luzia Centenária. Data 24 de novembro de 1971.
Discurso pronunciado pelo Sr. José Fernandes Dantas no ato da aposição da placa na Rua Ezequiel Fernandes, seu avô.
b) Santa Luzia – Aspectos Históricos. Autor: Deusdedit Leitão.
Palestra: Emancipação Política do Município em 197l, lançamento do livro em 1978.
c) Coletânea do Livro Pelo Tempo Sem Fim-Amém do autor : Dr. Ademar Fernandes Dantas (Neto do Ezequiel).
d) Resgate Bibliográfico organizado por:
Carmita Dantas Fernandes, Santa Luzia-Pb, agosto de 2006.