DE JAPONESAS PARA HAVAIANAS
Antigamente as sandálias eram feitas artesanalmente com couro cru ou solado de p
neu. Depois passaram pelo processo de evolução da alpercata para as "japonesas".

Desde
que me entendo de gente que uso sandálias japonesas como era conhecida
aqui na região. Antigamente sandália de pobre. Hoje de todos.
Segundo
o jornal "Der Tagesspigel" (Alemanha), com uma havaiana eu posso andar
2500 kilômetros sem detona-las, sem perder sua capacidade de evitar
escorregões e permanecer à prova d'água. Só mesmo os alemães que adoram
estatistícas. O importante é ter controle sobre tudo.
Certa
vez Sylvia Cessarino me contou que a primeira pessoa a trazer sandálias
japonesas para vender em Santa Luzia foi o seu pai Antônio Cessarino
durante os primeiros anos da década de 50.
No
ano de 1952 Antônio Cessarino comprou em Campina Grande sandálias
havaianas importadas do Japão e as vendia no varejo pela região do
Quipauá.
Um
"causo" interessante que me contaram também foi sobre Jose Alviano da
Nóbrega (Dudé de Pinino), que juntou dinheiro e comprou um par. Só
tirava dos pés à noite pra dormir. Após lavá-las colocava em cima do
rádio (Canarinho, a voz de ouro), que era o móvel mais chique da casa. E
aí de daquele que tivesse o atrevimento de pega-las e muito menos
calçá-las.
Leonardo Cézar Ferreira